Conclave da Torre da Luz
“A Luz não escolhe lados. Ela ilumina o caminho para todos aqueles que buscam a verdade — mas cuidado, pois verdade e justiça nem sempre andam juntas.” — Lunaris Velya, Portadora da Cadeira Lunar da Contemplação
Facção religiosa-política central do mundo iluminado de Lhodos, sediada em Rutilho. O Conclave administra o culto conjunto a Rodu (Sol) e Vuin (Lua), além de atuar como árbitro supremo entre reinos, cidades e ordens religiosas ligadas à Torre da Luz.
Informações Rápidas
| Aspecto | Detalhe |
|---|---|
| Fundação | ~100 anos após a construção da Torre da Luz (há aproximadamente 1.400 anos) |
| Sede Principal | Torre da Luz, Rutilho — Alto Anel (distrito elevado) |
| Líder Atual | Alto Luminar Ser Hadrel Solvian (humano, 68 anos, Leal Neutro) |
| Tamanho | ~850 membros diretos (sacerdotes, escribas, guardas), milhares de afiliados |
| Divindades | Rodu (Sol), Vuin (Lua) — equilíbrio dinâmico |
| Símbolo | Sol e Lua entrelaçados sobre uma torre estilizada, em dourado e prateado |
| Cores | Dourado (Rodu), Prateado (Vuin), Branco (Equilíbrio) |
1. Origem e Razão de Ser
A Era dos Conflitos Silenciosos (há ~1.400 anos)
Após a construção da Torre da Luz e sua consagração como eixo espiritual de Lhodos, a paz inicial entre os povos que a ergueram começou a se fragmentar. Templos rivais de Rodu e Vuin disputavam influência sobre peregrinos, nobres e decisões políticas. O que começou como debates teológicos degenerou em confrontos nas ruas de Rutilho, com facções solares acusando os lunares de “obscurantismo” e os lunares retaliando com acusações de “tirania diurna”.
Durante o Inverno Vermelho (há 1.412 anos), um embate entre guerreiros devotos de Rodu e místicos de Vuin resultou em dezenas de mortes dentro dos jardins da própria Torre. O sangue derramado sobre as pedras sagradas ameaçava profanar o símbolo máximo de união do continente.
Foi então que uma coalização de altos sacerdotes, magos e representantes das cidades devotas convocou o Concílio das Duas Luzes, um encontro que duraria 40 dias e 40 noites. Sob mediação de sábios neutros da Academia de Korala e sob juramento perante as duas divindades, os líderes religiosos negociaram um acordo histórico.
O Pacto da Luz Equilibrada
Desse encontro nasceu o Conclave da Torre da Luz e seus princípios fundamentais:
- Missão principal: Manter o equilíbrio entre Sol e Lua, Ordem e Mistério, garantindo que a Torre permaneça símbolo de unidade, não de dominação.
- Função social: Servir como corte suprema religiosa e casa de mediação diplomática, legitimando tratados, coroações e condenações sob o “testemunho da Luz”.
- Garantia de poder compartilhado: Nenhuma facção pode deter maioria absoluta nas decisões — a estrutura dos Doze Raios foi criada para eternizar essa paridade.
Cronologia Importante:
- Ano 0 (Era da Luz): Conclusão da Torre da Luz
- Ano 88 (EdL): Inverno Vermelho — confronto sangrento na Torre
- Ano 100 (EdL): Concílio das Duas Luzes — fundação do Conclave
- Ano 421 (EdL): Cisma dos Penitentes — criação do Círculo da Penitência
- Ano 890 (EdL): Grande Mediação — Conclave evita guerra entre Karlasgard e Merrane
- Ano 1.287 (EdL): Crise dos Vigias — revelação de operações ilegais do braço secreto
- Ano 1.400 (EdL): Atualidade — tensões crescentes com a ascensão de cultos de Nyxara
2. Estrutura Interna
O Conclave é organizado em camadas, combinando hierarquia clerical e conselho deliberativo.
2.1. Alto Luminar
Ser Hadrel Solvian (atual) — Líder supremo do Conclave, escolhido dentre os sacerdotes mais antigos através de votação dos Doze Raios. Sua eleição há 12 anos foi controversa, pois ele era conhecido por posições pragmáticas e, ocasionalmente, frias.
Poderes:
- Decide impasses quando os Doze Raios estão divididos (voto de Minerva)
- Proclama éditos sagrados que têm força de lei religiosa em territórios sob influência do Conclave
- Representa a Torre perante reinos e outras grandes facções
- Pode convocar Concílios Extraordinários em momentos de crise
Limitações:
- Não pode emitir decretos sem aprovação dos Doze Raios em questões de dogma
- Deve prestar contas anualmente ao Círculo dos Anciãos (ex-membros dos Raios)
- Pode ser deposto por voto unânime dos Doze (nunca ocorrido na história)
2.2. Cadeira dos Doze Raios
Um conselho permanente com 12 assentos, divididos igualmente entre duas facções:
6 Cadeiras SOLARES (Rodu):
-
Cadeira da Ordem — Atualmente: Comandante Kyrian Valtor (humano, 52 anos, Leal Bom)
- Pragmática, voltada à lei escrita, exército, tributos e hierarquia
- Ex-general da Legião do Sol Imortal, agora dedicado à fé
-
Cadeira da Justiça — Atualmente: Juíza Celindra Morros (anã, 89 anos, Leal Neutro)
- Responsável por julgamentos de heresia e crimes religiosos
- Conhecida por sentenças duras mas justas
-
Cadeira da Expansão — Atualmente: Evangelista Torvald Luz-Clara (humano, 45 anos, Leal Bom)
- Coordena missões de propagação da fé em territórios não-iluminados
- Polêmico por defender métodos agressivos de conversão
-
Cadeira da Tribulação — Atualmente: Penitente-Mor Serath (humano, 61 anos, Leal Neutro)
- Líder informal do Círculo da Penitência
- Acredita que sofrimento purifica e aproxima do divino
-
Cadeira da Guarda — Atualmente: Capitão-Sacerdote Iorran (meio-elfo, 78 anos, Leal Bom)
- Comandante da Guarda da Aurora
- Paranóico, vê ameaças constantemente
-
Cadeira do Trono — Atualmente: Embaixador Roduin Castelbrilho (humano, 55 anos, Neutro)
- Mediador entre o Conclave e os poderes seculares (reis, duques)
- Habilidoso em diplomacia, mas acusado de ser “político demais”
6 Cadeiras LUNARES (Vuin):
-
Cadeira da Contemplação — Atualmente: Dama Lunaris Velya (humana, 63 anos, Neutro Bom)
- Voz principal das cadeiras lunares
- Advoga por tolerância com magia de fronteira e interpretações locais
- Rival filosófico direto do Alto Luminar
-
Cadeira dos Sonhos — Atualmente: Oráculo Silvanus (elfo, 312 anos, Caótico Bom)
- Intérprete-chefe de profecias e visões
- Conhecido por respostas enigmáticas e frustrantes
-
Cadeira do Mistério — Atualmente: Arcana Nyssara (tiefírina, 41 anos, Neutro)
- Controversa — primeira tiefírina a ocupar uma Cadeira
- Especialista em magia lunar e rituais noturnos
-
Cadeira da Mediação — Atualmente: Conselheiro Theren Marés-Calmas (halfling, 67 anos, Neutro Bom)
- Resolve conflitos internos e externos através de negociação
- Respeitado por ambos os lados
-
Cadeira dos Segredos — Atualmente: Escriba-Mor Talien (humano, 59 anos, Leal Neutro)
- Guarda dos arquivos mais sensíveis do Conclave
- Sabe mais segredos do que gostaria — peso visível em seu semblante
-
Cadeira da Sombra — Atualmente: Espião-Mestre Kaelith (meio-elfo, 89 anos, Leal Neutro)
- Coordenador secreto dos Vigias do Crepúsculo
- Identidade parcialmente oculta mesmo dentro do Conclave
Dinâmica de Votação:
- Decisões simples: maioria simples (7 votos)
- Decisões de dogma: maioria qualificada (9 votos)
- Mudanças estruturais: unanimidade (12 votos)
- Em caso de empate 6-6, o Alto Luminar desempata
2.3. Corpos Auxiliares
Escribas Radiais (120 membros)
- Cronistas oficiais, registram decretos, profecias e tratados
- Mantêm a Biblioteca dos Éditos (sob a Torre)
- Liderados por Talien (Cadeira dos Segredos)
Guardas da Aurora (350 soldados)
- Força paramilitar de proteção à Torre, templos e altos membros
- Treinados em combate e etiqueta religiosa
- Uniformes: armaduras douradas com detalhes brancos, capas que mudam de cor (dourada de dia, prateada à noite)
- Comandados por Iorran (Cadeira da Guarda)
Ofício dos Intérpretes (80 especialistas)
- Sacerdotes e magos especializados em ler sinais: eclipses, sonhos, omens, padrões astrais
- Trabalham em turnos: interpretes solares (dia) e lunares (noite)
- Frequentemente consultados antes de decisões importantes
Vigias do Crepúsculo (número desconhecido, estimativa: 40-60 agentes ativos)
- Braço secreto de espionagem e mediação clandestina
- Formalmente subordinados ao Conclave, mas operam com alta autonomia
- Detalhado em seção própria (7.3)
3. Geografia: A Torre e Seus Domínios
3.1. Torre da Luz — A Sede
Localização: Alto Anel, distrito elevado de Rutilho, próximo ao centro geográfico da cidade.
Arquitetura:
- Altura: 412 pés (~125 metros), visível de qualquer ponto de Rutilho e além
- Construção: pedra branca luminescente, metais raros (mithril, ouro-sol), cristais lunares
- Iluminação: emana luz constantemente — dourada durante o dia, prateada à noite
- Base: circular, 80 pés de diâmetro
- Estrutura: 7 andares principais + câmaras subterrâneas + Pináculo
Distribuição dos Andares:
-
Térreo — Salão dos Peregrinos
- Acesso público, onde devotos podem rezar e fazer oferendas
- Vitrais gigantescos retratando a criação da Torre
- Sempre guardado por no mínimo 12 Guardas da Aurora
-
1º Andar — Câmara dos Doze Raios
- Mesa circular com 12 cadeiras altas (6 douradas, 6 prateadas)
- No centro, um feixe de luz perpétuo (vem do Pináculo)
- Acesso restrito: apenas membros dos Raios, Alto Luminar e convidados
-
2º Andar — Biblioteca dos Éditos
- Arquivo de todos os decretos, tratados e julgamentos históricos
- Guardada pelos Escribas Radiais
- Sala de leitura com 40 mesas individuais
-
3º Andar — Salão dos Intérpretes
- Observatório astronômico com teto retrátil
- Instrumentos de medição celestial
- Quartos de repouso para visões prolongadas (camas, altares pessoais)
-
4º Andar — Câmaras do Alto Luminar
- Escritório privativo, sala de audiências menores
- Apartamento residencial (Hadrel vive aqui permanentemente)
- Cofre com relíquias sagradas
-
5º-6º Andares — Alojamentos dos Raios e Auxiliares
- Suítes individuais para cada membro dos Doze
- Quartos menores para Escribas e Intérpretes de alto escalão
-
Pináculo — Santuário da Luz Dupla
- Câmara circular aberta ao céu
- Altar duplo (Sol à direita, Lua à esquerda)
- Fonte da luz que ilumina toda a Torre
- Apenas Alto Luminar e Raios podem subir (cerimônias especiais)
Subterrâneos:
- Catacumbas dos Luminares — túmulos de ex-líderes do Conclave
- Sala Selada — mencionada em sussurros, ninguém sabe o que guarda (nem mesmo os Raios atuais)
- Arsenal Sagrado — armas abençoadas para emergências (lanças solares, escudos lunares)
3.2. Templos Filiados
O Conclave não administra apenas a Torre, mas uma rede de templos em toda Lhodos:
Grande Igreja de Rutilho — co-gerida com o clero local Bastião: Templo do Sol Imortal — aliado próximo, mas com tensões Caldera: Santuário das Chamas e Luar — integra culto a Morwyn Hidela: Capela da Centelha Sagrada — tolera experimentações locais Constance: Templo dos Metais Abençoados — ligado à Confraria do Sol Interior
Cada templo filiado paga dízimo anual ao Conclave e recebe proteção política e “cartas de legitimidade”.
3.3. Outros Locais de Interesse
Refúgio do Crepúsculo — casa-segura dos Vigias em Rutilho (localização: bairro dos Espelhos, disfarçada de taverna) Scriptorium Radial — oficina de produção de textos sagrados (bairro dos Artesãos) Quartel da Aurora — fortaleza dos Guardas (adjacente à Torre, muralhas reforçadas)
4. Identidade Visual
4.1. Símbolos
Emblema Oficial:
- Sol (dourado) e Lua (prateada) entrelaçados em forma de infinito
- Torre estilizada ao centro (branca)
- Frequentemente gravado em selos, estandartes, armaduras
Símbolos Secundários:
- Raio Solar — usado por Solaristas Dogmáticos
- Lua Crescente Velada — usado por Lunaristas Contemplativos
- Balança de Luz — usado em julgamentos e mediações
4.2. Cores e Vestes
Alto Luminar:
- Manto branco com bordados dourados e prateados intercalados
- Coroa simples de prata com um único rubi central (representa a união)
Cadeiras Solares:
- Túnicas douradas com detalhes brancos
- Capas longas que arrastam (sinal de autoridade)
- Medalhões com raios solares gravados
Cadeiras Lunares:
- Túnicas prateadas com detalhes azul-escuros
- Véus transparentes (opcional, comum entre os mais místicos)
- Medalhões com luas crescentes gravadas
Guardas da Aurora:
- Armaduras douradas polidas (enchantadas para refletir luz)
- Capas mágicas que mudam de cor: dourada (dia) / prateada (noite)
- Espadas longas com lâminas gravadas de runas solares e lunares
Escribas Radiais:
- Robes cinzentos com faixas douradas (escribas solares) ou prateadas (escribas lunares)
- Sempre carregam tinta, pergaminho e selo oficial
Ofício dos Intérpretes:
- Trajes variam, mas sempre incluem um colar de cristais (captam visões)
- Tatuagens de constelações (opcional, comum entre os mais devotos)
4.3. Arquitetura
Templos filiados ao Conclave seguem padrões:
- Cúpulas duplas — uma simbolizando Sol, outra Lua
- Vitrais — cenas do Concílio das Duas Luzes, criação da Torre, milagres
- Pisos de mosaico — padrões geométricos em dourado e prateado
- Jardins internos — sempre com flores que florescem de dia E de noite
5. Dogma e Princípios
O Conclave segue um dogma de equilíbrio dinâmico:
- Nenhuma luz é completa sem a sombra: o Sol revela, a Lua esconde; uma não anula a outra.
- A Torre é o eixo do mundo iluminado: decisões tomadas sob sua luz têm peso sagrado.
- Harmonia antes da vitória: guerras entre devotos são fracasso de todos.
- Conhecimento deve ser filtrado pela Luz: magia, profecia e política são aceitáveis desde que não rompam o equilíbrio.
Esses princípios são usados para justificar tanto ações pacificadoras quanto intervenções duras contra hereges e ameaças à Torre.
6. Membros Notáveis
6.1. Alto Luminar Ser Hadrel Solvian
Perfil Completo:
- Raça: Humano
- Idade: 68 anos
- Alinhamento: Leal Neutro
- Aparência: Alto, magro, cabelos grisalhos penteados para trás. Olhos cinza-azulados, penetrantes. Rosto marcado por rugas de preocupação. Sempre sério, raramente sorri.
Personalidade:
- Pragmático, às vezes frio
- Acredita que “o bem do todo supera o conforto de poucos”
- Estrategista político habilidoso
- Defensore do equilíbrio, mas teme excessivamente a influência de cultos sombrios
- Não é corrupto, mas pode tomar decisões moralmente ambíguas
Objetivos:
- Manter a estabilidade do Conclave a qualquer custo
- Conter a ascensão de cultos de Nyxara e Deuses Antigos
- Garantir que nenhuma facção (Solarista ou Lunarista) domine permanentemente
- Preservar sua própria posição (ele sabe que Lunaris Velya o desafia sutilmente)
Conflitos Internos:
- Respeita Lunaris, mas teme que sua tolerância abra portas para heresia
- Sente culpa por decisões passadas (ex: autorizou operação dos Vigias que resultou em mortes civis)
- Questiona se está se tornando tirânico em nome da proteção
Uso na Mesa:
- Patrão complexo: dá missões legítimas, mas pode pedir ações moralmente cinzentas
- Antagonista sutil: seus métodos podem entrar em choque com PCs idealistas
- NPC de dilema: salvar inocentes vs. proteger segredo que mantém Conclave unido?
6.2. Dama Lunaris Velya
Perfil Completo:
- Raça: Humana
- Idade: 63 anos
- Alinhamento: Neutro Bom
- Aparência: Cabelos negros com mechas prateadas, longos e soltos. Olhos violeta (marca de toque divino de Vuin). Pele pálida. Veste-se sempre em prateado e azul-noturno.
Personalidade:
- Empática, mas firme
- Acredita em “caminhos múltiplos para a mesma verdade”
- Protetora de marginalizados (especialmente tiefirinos e praticantes de magia não-ortodoxa)
- Diplomática, mas não se curva facilmente
Objetivos:
- Expandir a tolerância do Conclave para práticas místicas regionais
- Impedir que Solaristas Dogmáticos transformem o Conclave em força opressora
- Proteger Nyssara (tiefírina da Cadeira do Mistério) de ataques políticos
- Eventualmente, substituir Hadrel como Alto Luminar
Conflitos Internos:
- Teme que sua tolerância possa inadvertidamente proteger hereges reais
- Ama o Conclave, mas questiona se ele se tornou político demais
- Sente-se responsável por “vidas que não pôde salvar” (ex-alunos que se tornaram extremistas)
Uso na Mesa:
- Patrona idealista: oferece missões de proteção a grupos perseguidos
- Aliada de dilema moral: “salve este praticante de magia sombria — ele é inocente, mas provas sugerem culpa”
- Fonte de informações sobre facções lunares e Círculo da Lua Velada
6.3. Capitão-Sacerdote Iorran
Perfil Completo:
- Raça: Meio-elfo
- Idade: 78 anos (aparenta 45)
- Alinhamento: Leal Bom
- Aparência: Musculoso, cicatrizes visíveis no rosto e braços. Cabelos loiros cortados rente. Olhos dourados (marca de devoção a Rodu). Sempre em armadura, mesmo em reuniões.
Personalidade:
- Paranóico vigilante
- Vê ameaças em toda parte (não sem razão — já frustrou 3 atentados reais)
- Devoto absoluto, considera sua vida “já entregue à Luz”
- Duro com subordinados, mas leal a eles
Objetivos:
- Garantir segurança absoluta da Torre e do Alto Luminar
- Eliminar infiltradores de cultos sombrios
- Treinar sucessor digno (ainda não encontrou)
Conflitos Internos:
- Paranoia o faz cometer erros: já prendeu inocentes
- Sabe que é odiado por lunaristas (veem-no como tirano)
- Teme que sua vigilância nunca seja suficiente
Uso na Mesa:
- Antagonista tático: investiga PCs que se aproximam da Torre
- Aliado temporário: contrata grupo para missão de segurança delicada
- Fonte de tensão: pode acusar PCs injustamente
6.4. Escriba-Mor Talien
Perfil Completo:
- Raça: Humano
- Idade: 59 anos
- Aparência: Baixo, magro, corcunda leve (de décadas curvado sobre livros). Óculos grossos. Mãos manchadas de tinta permanentemente.
Personalidade:
- Obsessivo-compulsivo com registros
- Silencioso, fala apenas quando necessário
- Guarda segredos como fardo (não como poder)
- Ético: nunca vazou informação, mas sofre por saber demais
Objetivos:
- Preservar história verdadeira, não versão editada
- Proteger arquivos de manipulação política
- Treinar sucessor confiável
Conflitos Internos:
- Sabe de crimes históricos do Conclave (cobertos oficialmente)
- Debate se deve revelar certas verdades ou “deixar o passado morrer”
- Teme que, se morrer antes de passar conhecimento, segredos vitais se percam
Uso na Mesa:
- Fonte de informação: pode revelar segredos históricos (por preço: proteção, promessa)
- Quest-giver: “encontre documento roubado antes que revele algo terrível”
- NPC de dilema: “destrua este tomo ou deixe verdade vir à luz?“
7. Atuação no Mundo
7.1. Política e Diplomacia
- Reconhece e legitima reis, prefeitos e altos cargos, exigindo juramentos perante a Torre
- Media conflitos entre cidades (especialmente as ligadas ao Sol e à Lua), ajudando a evitar guerras religiosas
- Envia emissários para observar tratados e conselhos de guerra
- Caso Recente: Em 1.399 (EdL), mediou disputa entre Bastião e Caldera sobre direitos de mineração em território fronteiriço. Solução: tributo compartilhado ao Conclave, que redistribui às cidades.
7.2. Economia e Recursos
O Conclave se sustenta por:
- Dízimos e oferendas dos fiéis (estimativa: 40% da receita anual)
- Taxas sobre peregrinações e festivais religiosos na Torre (30%)
- Tributos formais pagos por reinos que desejam reconhecimento ou apoio político (20%)
- Doações condicionadas de nobres, em troca de influência sutil nas decisões (10%)
Orçamento Anual Estimado: ~150.000 peças de ouro Gastos Principais:
- Manutenção da Torre e templos (30%)
- Salários de Guardas e funcionários (25%)
- Missões e embaixadas (20%)
- Projetos sociais (orfanatos, hospitais) (15%)
- Reserva estratégica (10%)
7.3. Controle Religioso
- Autoriza ou fecha templos locais que se declarem subordinados à Torre
- Define quais cultos são aceitos, tolerados ou considerados heréticos
- Emite “cartas de missão” para ordens menores agirem em nome da Luz
- Poder Real: Excomunhão — indivíduos ou cidades excomungadas perdem acesso a templos, bênçãos e, crucialmente, legitimidade política
Classificação Oficial de Cultos:
- Aceitos: Deuses Eliwynos (Mormekar, Morwyn, Terak, Tinel, Zheenkeef), Deuses Ventrinos (Anwyn, Aymara, Darmon, Korak, Maal)
- Tolerados: Deuses Antigos (Eliwyn, Rontra, Shalimyr, Urian) — considerados “forças primordiais, não pessoais”
- Proibidos: Nyxara (Noite Estelar), Deuses Sombrios (Asmodeus, Canarak, Naran, Thellos), O Inominável
8. Objetivos e Conflitos
8.1. Objetivos Principais
- Manter a Torre da Luz como centro incontestável da fé em Lhodos
- Impedir que qualquer cidade, rei ou facção capture a Torre para interesses próprios
- Conter o avanço de cultos sombrios (Nyxara, Deuses Antigos, cultos de escravidão e dominação extrema)
- Garantir que a fé em Rodu e Vuin se espalhe de forma ordenada pelo continente
- Preservar equilíbrio interno entre facções solares e lunares
8.2. Conflitos Atuais (Plots em Andamento)
Plot 1: A Ascensão do Ordo Nyxarae
Contexto: Relatos de conventículos secretos de adoradores de Nyxara se multiplicam. Pior: há evidências de que um membro dos Escribas Radiais (nome: Velric) pode estar infiltrado.
Envolvidos:
- Iorran (Guarda) quer limpar o Conclave com punho de ferro
- Lunaris (Contemplação) teme que paranoia crie caça às bruxas
- Hadrel está dividido: ameaça é real, mas método de Iorran pode causar cisma
Gancho: PCs são contratados para investigar Velric discretamente. Descobrem que ele é, de fato, simpatizante de Nyxara — mas também guarda evidências de corrupção de outro membro (solar) que rouba fundos do Conclave. Dilema: expor um herege e proteger corrupto, ou vice-versa?
Plot 2: O Casamento Real de Bastião
Contexto: Grande Rei Sol de Bastião quer casar com princesa de reino distante (não ligado ao Conclave). Exige que o Alto Luminar realize cerimônia, mas se recusa a fazer juramento tradicional de “equilíbrio entre Sol e Lua”, querendo apenas bênção de Rodu.
Envolvidos:
- Cadeira do Trono (Roduin) aconselha aceitar (relação política crucial)
- Cadeiras Lunares se opõem (precedente perigoso)
- Hadrel não quer confronto com Bastião, mas ceder é trair dogma
Gancho: Conclave contrata PCs para “convencer” o Grande Rei Sol a aceitar termos tradicionais — através de diplomacia, chantagem, ou revelação de segredo que force negociação. Alternativamente, PCs são contratados pelo Rei para “persuadir” o Conclave a ceder.
Plot 3: A Profecia do Eclipse Duplo
Contexto: Oráculo Silvanus (Cadeira dos Sonhos) teve visão de “Eclipse Duplo” — evento astronômico raro onde Sol e Lua se cobrem mutuamente completamente. Profetizou: “Quando as Luzes se unirem em sombra total, o Guardião da Torre cairá ou ascenderá.”
Interpretações em disputa:
- Solaristas: “Guardião” = Hadrel, “cair” = ser assassinado, “ascenderá” = se tornar mártir
- Lunaristas: “Guardião” = próprio Conclave, “cair” = perder poder, “ascenderá” = se renovar
- Círculo da Penitência: “Guardião” = todos nós, devemos nos sacrificar para evitar catástrofe
Eclipse acontece em 6 meses (tempo de campanha)
Gancho: Facções dentro do Conclave tentam manipular eventos para “cumprir” a profecia do jeito que as favorece. PCs podem ser contratados por múltiplas facções, cada uma querendo resultado diferente. Ou podem tentar descobrir se profecia é real ou manipulação.
8.3. Fontes de Conflito Estrutural
- Disputas com reinos que querem autonomia religiosa total (ex: Merrane deseja culto independente a Morwyn)
- Choque com Ordo Nyxarae (culto herético de Nyxara e Deuses Antigos)
- Tensões internas entre membros mais autoritários (Solaristas) e outros mais místicos e flexíveis (Lunaristas)
- Pressão de baixo: fiéis comuns questionam se Conclave se tornou “político demais”
- Competição com Colegiado de Tinel sobre censura de conhecimento
9. Vertentes Internas do Conclave
9.1. Solaristas Dogmáticos
Enfoque: Supremacia da ordem, da lei escrita e do culto diurno de Rodu.
Visão: Acreditam que a Lua é necessária, mas deve permanecer subordinada ao Sol; defendem hierarquia rígida e obediência a decretos. Para eles, Vuin representa o mistério que deve ser iluminado por Rodu, não cultuado em igualdade.
Membros Típicos:
- 4 das 6 Cadeiras Solares (Ordem, Justiça, Expansão, Guarda)
- Maioria da Guarda da Aurora
- Clérigos guerreiros, ex-militares convertidos, nobres conservadores
Atuação:
- Pressionam por leis mais duras contra hereges e dissidentes
- Apoiam reinos militarmente fortes (especialmente Bastião)
- Desejam uma Legião da Torre mais ativa e interventora
- Frequentemente propõem “cruzadas purificadoras” contra territórios obscuros
Recursos:
- Apoio de nobres guerreiros e cidades militarizadas
- Parte significativa da Guarda da Aurora
- Aliança tácita com Legião do Sol Imortal
Conflitos Internos:
- Chocam-se com Lunaristas quando estes pedem tolerância com magias ambíguas ou costumes locais
- Veem Círculo da Lua Velada como “quase herético”
- Alguns membros extremos desejam expulsar Nyssara (tiefírina) dos Raios
Líderes:
- Kyrian Valtor (Cadeira da Ordem) — voz moderada
- Iorran (Cadeira da Guarda) — voz radical
Ganchos de Aventura:
- Solaristas exigem que o grupo capture ou elimine um antigo herói agora acusado de heresia (ele é culpado?)
- Tentam usar os personagens como prova viva de que uma certa profecia lunar foi “mal interpretada”
- Comissionam raid em conventículo suspeito — mas pode ser apenas comunidade lunar legítima
9.2. Lunaristas Contemplativos
Enfoque: Mistério, sonhos e a face velada da fé em Vuin.
Visão: A ordem pura endurece e quebra; é preciso espaço para sonho, adaptação e interpretações múltiplas. Para eles, Vuin representa a verdade oculta que não pode ser forçada à luz — deve ser descoberta interiormente.
Membros Típicos:
- 5 das 6 Cadeiras Lunares (Contemplação, Sonhos, Mistério, Mediação, Sombra)
- Ofício dos Intérpretes (maioria)
- Místicos, poetas, filósofos, magos contemplativos
Atuação:
- Apoiam oráculos locais e práticas místicas regionais
- Defendem negociações em vez de cruzadas
- Aceitam práticas mágicas “de fronteira” (necromancia ética, invocação controlada)
- Protegem grupos marginalizados (tiefirinos, praticantes de magia sombria não-maligna)
Recursos:
- Redes de visionários e oráculos independentes
- Patronos que apreciam conselhos “não ortodoxos” (artistas, nobres excêntricos)
- Influência em tribunais de mediação
Conflitos Internos:
- Acusados de fraqueza ou cumplicidade com cultos sombrios por Solaristas radicais
- Alguns membros (Véus de Nyx no Círculo da Lua Velada) realmente flertam com Ordo Nyxarae
- Debate interno: até onde vai “tolerância” antes de virar “cumplicidade”?
Líderes:
- Lunaris Velya (Cadeira da Contemplação) — voz principal
- Silvanus (Cadeira dos Sonhos) — figura enigmática e imprevisível
Ganchos de Aventura:
- Um grupo Lunarista pede proteção ao grupo para realizar um rito que Solaristas querem interromper (é legítimo ou perigoso?)
- Os personagens recebem visões conflitantes de dois oráculos: qual interpretação seguir?
- Lunaristas contratam PCs para resgatar tiefirino acusado injustamente de heresia
9.2.1. Véus de Nyx — O Lado Sombrio da Tolerância
Perfil: Facção extremista DENTRO dos Lunaristas. Enquanto Lunaris Velya defende tolerância controlada, os Véus de Nyx levam a “abertura ao mistério” ao seu limite perigoso.
Líder: Aranis, a Velada (humana, 37 anos, Caótico Neutro)
- Aparência: Rosto sempre coberto por véu prateado translúcido. Olhos roxos brilham através do tecido. Voz sussurrada, hipnótica.
- História: Ex-aluna de Lunaris Velya. Presenciou execução de amigo tiefirino acusado de heresia por Solaristas (ele era inocente, mas provas foram fabricadas). Jurou que “nunca mais deixaria a intolerância vencer”.
- Filosofia: “Nyxara não é inimiga — é a face esquecida de Vuin. A Noite Estelar é o mistério máximo, não o mal máximo.”
Membros: 12-18 indivíduos (estimativa), maioria tiefirinos, meio-elfos e humanos marginalizados.
Atuação:
- Sabotagem de Rituais Solares: Em 1.398 (EdL), sabotaram Festival da Glória Solar em Bastião. Apagaram tochas sagradas durante procissão, causando pânico. 3 mortos em debandada. Solaristas culparam “heresia lunar”; Lunaris negou envolvimento (verdade — ela não sabia).
- Proteção de Cultistas Reais: Abrigam praticantes de Nyxara que “não são violentos” (definição questionável). Em 1.399, esconderam cultista que roubou artefato solar — justificativa: “era perseguição religiosa injusta” (cultista depois usou artefato para ritual que feriu 7 pessoas).
- Infiltração: Suspeita-se que 1-2 membros dos Escribas Radiais sejam Véus secretos. Velric (o escriba investigado em Plot 1) pode ser um deles.
Recursos:
- Rede de safehouses em bairros pobres de Rutilho
- Contatos com Círculo da Lua Velada (alguns membros são simpatizantes)
- Possível ligação com Ordo Nyxarae (não confirmada, mas Iorran suspeita)
Conflito com Lunaris Velya: Lunaris SABE que Véus existem. Dilema pessoal brutal:
- Se denunciar, trai próprios princípios (tolerância, proteção de marginalizados)
- Se proteger, pode estar cumplice de terrorismo
Ela escolheu terceira via covarde: ignora quando não pode mais negar, mas não os caça ativamente. Aranis interpreta isso como “aprovação tácita”. Lunaris vive com culpa.
Evento Recente (1.400 EdL - Atualidade): Véus planejam “libertar” Nyssara (tiefírina da Cadeira do Mistério) se Solaristas tentarem expulsá-la. Método: sequestro “protetor” antes que Guarda da Aurora a prenda. Lunaris descobriu o plano há 2 meses. Ainda não decidiu o que fazer.
Perigo Real:
- Véus acreditam sinceramente que fazem o certo
- Aranis não é má — é idealista radicalizada por trauma
- Mas seus métodos CAUSAM VÍTIMAS REAIS
- Se não forem contidos, darão munição para Solaristas eliminarem TODOS os Lunaristas
Ganchos de Aventura:
- Dilema de Lunaris: Ela contrata PCs em segredo para “neutralizar” Véus sem matá-los (impossível?). Ou: convencer Aranis a se render antes que Iorran os massacre.
- Infiltração: PCs são abordados por Aranis. Ela pede ajuda para “resgatar inocente” (é mesmo inocente?). Descobrem depois que “inocente” é cultista de Nyxara procurado.
- Sabotagem em Andamento: Durante Festival da Luz Dupla, PCs percebem sinais de sabotagem. Devem impedir sem causar pânico. Descobrem que sabotadores são Véus — mas objetivo é “apenas” manchar reputação Solarista, não matar ninguém. Deixam agir ou param?
- Aranis Capturada: Iorran prende Aranis. Tortura para extrair nomes de outros membros. Lunaris pede PCs para libertá-la antes que quebre (e revele nomes de inocentes que Aranis protege). PCs devem invadir prisão do Conclave.
Por Que Isso Melhora a Facção:
- Lunaristas não são mais “bonzinhos corretos”
- Tolerância tem CONSEQUÊNCIAS REAIS (vítimas, mortes)
- Lunaris tem CULPA ATIVA, não apenas “teme que possa acontecer”
- Aranis é antagonista COMPREENSÍVEL (não vilã de capa preta)
- PCs enfrentam dilema moral sem resposta certa: proteção vs. segurança
9.3. Vigias do Crepúsculo (Ordem Parafiliada)
Embora já funcione quase como facção própria, esta ordem é formalmente subordinada ao Conclave.
Função: Servir como braço de campo do Conclave em mediações delicadas, espionagem e prevenção de guerras.
Perfil de Membros:
- Recruta diplomatas, espiões e guerreiros devotos
- Treinamento: etiqueta, infiltração, combate silencioso, magia de disfarce
- Identidades de cobertura: mercadores, bardos, mercenários, acadêmicos
Relação com o Conclave:
- Recebem missões secretas diretamente da Cadeira da Sombra (Kaelith)
- Muitas vezes operam na fronteira da ortodoxia — o Conclave pode negar envolvimento se algo der errado
- Crise dos Vigias (1.287 EdL): Operação de assassinato político foi exposta, quase causou escândalo. Conclave negou publicamente, mas internamente membros foram punidos.
Recursos:
- Casas-seguras em cidades principais
- Contatos em submundo e alta sociedade
- Orçamento secreto (não consta em registros oficiais)
Conflitos:
- Tensão com Solaristas (métodos “sujos” vs. pureza)
- Dependência perigosa: Conclave precisa deles, mas não pode controlá-los totalmente
- Ex-membros renegados podem expor crimes
Líderes:
- Kaelith (Cadeira da Sombra) — coordenador estratégico
- Triarca dos Vigias (identidade secreta, conhecido apenas por codinome “Crepúsculo”)
Ganchos de Aventura:
- Os personagens são contratados como “consultores externos” para uma missão dos Vigias, sem saber que estão servindo ao Conclave
- Um ex-membro dos Vigias ameaça revelar crimes de guerra encobertos pelo Conclave — PCs devem silenciá-lo ou protegê-lo?
- Vigias pedem ajuda para missão “impossível”: impedir guerra sem que ninguém saiba que houve intervenção
9.4. Escola dos Escribas Radiais
Enfoque: Controle da narrativa, registro histórico e interpretação textual.
Função: Produzir e preservar o relato oficial dos eventos, visões, traições e milagres ligados à Torre.
Poder Real: Quem escreve a história decide quem foi herói, mártir ou traidor. Escribas podem “editar” registros antigos, omitir eventos constrangedores, ou destacar feitos convenientes.
Membros Típicos:
- Cronistas obsessivos, historiadores, copistas, magos escribas
- Neutralidade política declarada (na prática, muitos têm viés)
Recursos:
- Biblioteca dos Éditos (todo o conhecimento histórico do Conclave)
- Scriptoria com tecnologia de cópia mágica
- Acesso a arquivos secretos
Conflitos:
- Debate interno: registrar “verdade bruta” vs. “verdade que fortalece o Conclave”
- Talien (Escriba-Mor) resiste à pressão política para alterar registros
- Alguns escribas criam “arquivos sombra” (versões não-editadas guardadas secretamente)
Vertentes Internas:
- Puristas: Registram tudo, sem edição (minoria)
- Editoralistas: Acreditam que “verdade deve servir ao bem maior” (maioria)
- Sombra: Mantêm arquivo paralelo secreto (pouquíssimos, Talien é um)
Ganchos de Aventura:
- Descoberta de um manuscrito que contradiz a versão oficial de um milagre da Torre (foi fraude?)
- Os Escribas contratam o grupo para recuperar um tomo roubado que não poderia cair em mãos erradas (contém segredos devastadores)
- PC descobre que evento importante de sua própria história foi “editado” nos registros oficiais
9.5. Círculo da Penitência
Uma vertente menor, mas influente, formada por sacerdotes e fiéis rigorosos que veem a história de Lhodos como marcada por pecados coletivos.
Dogma: O mundo só será preservado se houver penitência e sacrifício público — jejuns, obras, punições exemplares. Acreditam que catástrofes (pragas, invasões, erupções) são punições divinas por negligência espiritual.
Visão de Equilíbrio: Para eles, tanto Rodu quanto Vuin exigem sacrifício. Sol exige trabalho árduo e disciplina; Lua exige introspecção e renúncia.
Membros Típicos:
- Ascetas, flagelantes, mártires voluntários
- Camponeses e pobres urbanos (prometem que sofrimento terreno garante salvação)
Atuação:
- Pressionam por rituais de expiação em cidades que enfrentam desastres, pragas ou guerras
- Organizam procissões de penitência (jejuns, autoflagelação)
- Em casos extremos, pedem bodes expiatórios — indivíduos ou grupos inteiros “devem” se sacrificar para “aplacar a Luz”
Recursos:
- Apoio popular (especialmente entre os mais pobres)
- 1 cadeira nos Raios (Serath — Cadeira da Tribulação)
- Legitimidade moral em tempos de crise
Perigos:
- Extremismo: podem exigir sacrifícios humanos “voluntários”
- Manipulação: líderes corruptos usam culpa para controlar massas
- Autodestruição: membros morrem em penitências excessivas
Conflitos:
- Chocam-se com Lunaristas (veem sofrimento como mal a ser aliviado, não caminho espiritual)
- Tensão com autoridades seculares (reis não gostam de ser acusados de “pecadores”)
Líder:
- Serath (Cadeira da Tribulação) — sincero, mas perigosamente zeloso
Ganchos de Aventura:
- O grupo é chamado para impedir um sacrifício considerado “necessário” pelo Círculo (vítima é inocente? Ou realmente culpada de algo grave?)
- Um membro do Círculo se arrepende e pede proteção contra seus próprios companheiros (eles o caçam como “traidor da fé”)
- Cidade em crise: líder local pede PCs para “convencer” Círculo a não exigir sacrifício coletivo (ou Círculo contrata PCs para “proteger” o ritual)
10. Relações com Outras Facções
Esta seção detalha as relações do Conclave com outras facções de Lhodos, incluindo eventos recentes, NPCs-ponte (indivíduos que conectam ambas organizações) e ganchos para PCs explorarem essas dinâmicas.
10.1. Círculo da Lua Velada
Relação: Aliança Tensa
Descrição: O Conclave tolera o Círculo da Lua Velada por sua utilidade (ritualistas habilidosos, intérpretes de sonhos, mediadores místicos), mas desconfia profundamente de suas práticas “excessivamente lunares”. Lunaristas do Conclave defendem o Círculo como parceiro legítimo; Solaristas exigem supervisão mais rígida, temendo infiltração de heréticos.
Evento Recente (1.397 EdL): Durante Festival da Lua Cheia em Caldera, membros do Círculo realizaram ritual de “Comunhão Noturna” sem autorização prévia do Conclave. Ritual despertou visões em massa — 50+ pessoas tiveram pesadelos proféticos simultâneos. Solaristas acusaram Círculo de “praticar magia não-autorizada”; Lunaristas defenderam como “manifestação divina legítima”. Hadrel mediou: Círculo recebeu advertência formal, mas não foi punido. Tensão permanece.
NPC-Ponte: Silvanus Véu-de-Névoa (meio-elfo, 41 anos, Caótico Bom) — Oráculo lunar do Conclave (Cadeira da Contemplação) e ex-iniciado do Círculo da Lua Velada. Mantém contato próximo com antigos colegas. Dividido entre lealdade ao Conclave e simpatia pelo Círculo. Se pressionado, pode vazar informações para ambos lados.
Gancho para PCs:
- Missão Dupla: Hadrel envia PCs para “observar” ritual do Círculo (espionagem disfarçada). Silvanus pede, secretamente, que PCs protejam Círculo de sabotagem Solarista. PCs devem escolher lealdade — ou encontrar terceira via.
- Profecia Contraditória: Círculo prevê catástrofe; Conclave diz que é falso alarme. Quem está certo? PCs investigam e descobrem que AMBOS estão parcialmente errados — verdade é pior.
10.2. Ordo Nyxarae
Relação: Hostilidade Total
Descrição: Considerados hereges máximos. O Conclave emite “Cartas de Caça” autorizando captura, interrogatório ou execução de membros confirmados. Ordo Nyxarae retribui com sabotagens, infiltração e, ocasionalmente, assassinatos de inquisidores solares.
Evento Recente (1.399 EdL): Iorran (Guarda da Aurora) capturou célula de 5 cultistas de Nyxara em Rutilho. Sob interrogatório, revelaram plano de envenenar suprimentos de água durante Festival da Luz Dupla. Plano foi impedido, mas líder (codinome “Estrela-Negra”) escapou. Iorran jurou caçá-lo pessoalmente. Desde então, 3 membros da Guarda foram assassinados em retaliação — corpos marcados com símbolo de Nyxara (estrela de 8 pontas negra).
NPC-Ponte: Velric, o Cindido (humano, 34 anos, Neutro) — Escriba Radial do Conclave. Simpatizante secreto de Nyxara (acredita que “Noite Estelar não é mal, é mistério”). NÃO é membro ativo do Ordo, mas possui contato com eles (fonte: adquire textos proibidos para biblioteca secreta). Se exposto, torna-se fugitivo — mas guarda segredos devastadores sobre corrupção interna do Conclave.
Gancho para PCs:
- O Infiltrado: Iorran contrata PCs para investigar Velric. Descobrem simpatia herética, mas também que Velric possui provas de corrupção de Solarista alto escalão. Expor herege protege corrupto; proteger herege expõe corrupto. Dilema impossível.
- Resgate ou Caça: “Estrela-Negra” reaparece, planejando atentado em cerimônia pública. PCs são contratados para capturá-lo vivo (Lunaris quer julgamento justo) ou morto (Iorran quer exemplo). Descobrem que “Estrela-Negra” é pai de um dos PCs, ou salvou vida de aliado no passado.
10.3. Legião do Sol Imortal
Relação: Aliança Estratégica (com Tensões)
Descrição: Parceiros militares cruciais. Legião fornece proteção armada para embaixadas, escolta para caravanas de relíquias e força de choque contra ameaças externas. Porém, Legião é devota EXCLUSIVA de Rodu — ignora ou despreza Vuin. Conclave pressiona para que aceitem “equilíbrio”; Legião resiste, alegando que “guerreiros precisam de luz, não de sombras”.
Evento Recente (1.398 EdL): Durante cerco à cidade de Caldovar (atacada por horda de orcs), Legião e Conclave cooperaram. Victoria: horda foi repelida. Porém, após batalha, comandante da Legião (General Aurelian Solarix) recusou-se a permitir que sacerdotes lunares realizassem ritos funerários para soldados caídos — exigiu apenas bênçãos solares. Lunaris Velya protestou publicamente; Aurelian a chamou de “covarde que nunca segurou espada”. Hadrel mediou, mas relação esfriou.
NPC-Ponte: Capitã Seris Lumencor (humana, 29 anos, Leal Neutro) — Oficial da Legião do Sol Imortal, mas criada por mãe Lunarista. Dividida entre dogma militar (Rodu acima de tudo) e respeito pela fé materna. Atua como mediadora informal entre Conclave e Legião, mas está sob suspeita de ambos lados (Legião a vê como “fraca”; Lunaristas a veem como “traidora da Lua”).
Gancho para PCs:
- Motim Silencioso: Seris contrata PCs secretamente para investigar plano de facção radical da Legião: assassinar Lunaris durante próxima cerimônia conjunta. Se PCs alertam Conclave, Seris é exposta como “traidora” e executada pela Legião. Se PCs guardam segredo, Lunaris morre.
- Prova de Lealdade: Aurelian exige que Conclave “prove compromisso” enviando apenas sacerdotes solares para próxima campanha militar (contra invasão de gigantes). Lunaris se opõe. Hadrel pede que PCs (neutros) mediem — ou acompanhem campanha e relatem se Lunaristas fazem falta.
10.4. Vigias do Crepúsculo
Relação: Subordinação Formal (com Autonomia Perigosa)
Descrição: Os Vigias são o braço secreto do Conclave — espiões, sabotadores, assassinos quando necessário. Formalmente subordinados à Cadeira da Sombra (Kaelith), mas na prática operam com autonomia assustadora. Conclave depende deles, mas não consegue controlá-los totalmente. Relação de dependência mútua e desconfiança crescente.
Evento Recente (1.396 EdL): Operação “Lâmina Lunar” — Vigias infiltraram corte do Rei de Bastião para sabotar aliança militar com reino vizinho (que secretamente adorava Deuses Sombrios). Missão bem-sucedida: tratado foi cancelado, rei vizinho desacreditado. Porém, método envolveu assassinato de embaixador inocente (para forjar evidências). Quando Talien (Escriba-Mor) descobriu, exigiu punição. Kaelith negou envolvimento oficial; Hadrel arquivou caso “por segurança nacional”. Talien nunca perdoou.
NPC-Ponte: Kaelith, a Sombra (humana, 54 anos, Leal Neutro tendendo a Leal Maligno) — Cadeira da Sombra dos Doze Raios. Coordenadora estratégica dos Vigias do Crepúsculo. Acredita que “fins justificam meios”, mas NÃO é cruel por prazer — é pragmática ao extremo. Respeita Hadrel, desconfia de Lunaris (vê tolerância como fraqueza), despreza Iorran (vê violência aberta como burrice).
Gancho para PCs:
- Operação Negável: Kaelith contrata PCs para missão “off the books” — recuperar documento comprometedor de facção inimiga. Método sugerido: roubo, chantagem ou assassinato. Se PCs recusam assassinato, Kaelith oferece alternativa “mais limpa” (que depois se revela ainda mais suja). Se PCs aceitam, tornam-se cúmplices de crime que Conclave negará publicamente.
- O Traidor dos Vigias: Ex-membro dos Vigias (codinome “Corvo”) ameaça publicar “Diário Negro” — lista completa de crimes de guerra dos Vigias em 20 anos. Kaelith contrata PCs para “neutralizar” Corvo (assassinato implícito). Talien contrata PCs secretamente para proteger Corvo e publicar diário. PCs devem escolher.
10.5. Colegiado de Tinel
Relação: Rivalidade Velada
Descrição: Ambos controlam narrativas — Conclave controla dogma religioso; Colegiado controla conhecimento acadêmico. Disputam o que deve ser censurado: Conclave quer bloquear textos heréticos (Nyxara, Deuses Sombrios); Colegiado defende “acesso controlado” (argumentam que conhecer o inimigo é necessário para combatê-lo). Respeito mútuo, mas competição constante por influência política e intelectual.
Evento Recente (1.399 EdL): Grande Debate de Hidela — evento público onde Talien (Escriba-Mor do Conclave) e Arquivista-Chefe do Colegiado debateram: “Deve-se preservar livros heréticos ou destruí-los?“. Talien defendeu “preservação em arquivo secreto” (posição moderada); Colegiado defendeu “acesso controlado para acadêmicos autorizados”; facção radical do Conclave exigiu “destruição completa”. Debate terminou sem consenso, mas foi transmitido por bardos — população dividida. Hadrel reprovou Talien publicamente por “expor dissidência interna”.
NPC-Ponte: Arquivista Elara Montescrito (meio-elfa, 67 anos, Neutro Bom) — Alta funcionária do Colegiado de Tinel e ex-amiga pessoal de Talien (estudaram juntos na juventude). Mantém correspondência secreta com Talien, trocando informações proibidas (ambos acreditam que “verdade deve ser preservada, não destruída”). Se correspondência for exposta, ambos podem ser acusados de traição por suas respectivas facções.
Gancho para PCs:
- O Manuscrito Proibido: PCs encontram tomo antigo em ruínas. Contém feitiços poderosos, mas também rituais de Nyxara. Conclave exige entrega para destruição; Colegiado oferece recompensa para estudo; facção herética oferece fortuna para compra. O que PCs fazem?
- Censura ou Liberdade: Talien e Elara pedem PCs para escoltar carregamento de livros “perigosos” para arquivo secreto compartilhado (iniciativa não-autorizada). Iorran descobre e envia Guarda da Aurora para interceptar. PCs devem escolher lado — ou convencer ambos a negociar.
10.6. Vozes da Última Porta
Relação: Cooperação Limitada
Descrição: Ambos lidam com justiça e julgamento. Conclave julga crimes religiosos (heresia, blasfêmia, quebra de juramentos sagrados); Vozes julgam crimes capitais (assassinato, traição, genocídio). Cooperam quando casos se sobrepõem (ex: assassinato em templo), mas disputam jurisdição. Tensão quando Conclave quer perdão/redenção para criminoso que Vozes condenaram à morte — ou vice-versa.
Evento Recente (1.397 EdL): Caso do Arauto Caído — sacerdote solar do Conclave assassinou 7 Lunaristas durante surto psicótico (alegou “visão divina ordenou purificação”). Conclave julgou como “insanidade temporária”, ofereceu penitência e exílio. Vozes da Última Porta rejeitaram — exigiram execução (crime é crime, independente de motivação). Impasse durou 4 meses. Solução final: Hadrel entregou sacerdote às Vozes em troca de “julgamento público, não sumário”. Sacerdote foi executado, mas com rito religioso permitido. Ambas facções ficaram insatisfeitas.
NPC-Ponte: Juiz Maelis Corvosombra (humana, 48 anos, Leal Neutro) — Membro sênior das Vozes da Última Porta e ex-noviça do Conclave (abandonou vida religiosa após desencanto com “hipocrisia clerical”). Respeita Hadrel como pragmático, mas despreza “clemência excessiva” de Lunaris. Mediadora oficial em casos de jurisdição sobreposta.
Gancho para PCs:
- Julgamento Duplo: PC ou aliado próximo comete crime grave em templo (matar herege durante ritual, roubar relíquia sagrada). Conclave oferece penitência; Vozes exigem morte. PCs devem negociar, fugir, ou aceitar julgamento. Maelis pode ser convencida SE PCs provarem que crime foi “mal menor” (salvou vidas, impediu catástrofe).
- Execução ou Redenção: Criminoso condenado por Vozes (serial killer) pede asilo no Conclave, alegando “conversão sincera”. Lunaris acredita; Iorran acha armadilha; Maelis quer executar imediatamente. PCs são contratados para investigar se conversão é real. Descobrem que criminoso É sincero — mas também incurável (trauma psicológico profundo). E agora?
10.7. Filhos de Eliwyn
Relação: Tolerância Respeitosa
Descrição: Conclave aceita culto aos Deuses Antigos (Eliwyn, Rontra, Shalimyr, Urian) como “forças primordiais, não pessoais” — permitidos, mas não incentivados. Filhos de Eliwyn não desafiam autoridade da Torre, mantêm-se isolados em florestas e montanhas. Relação cordial, mas distante. Conclave ocasionalmente consulta Filhos em questões de natureza, pragas, desastres naturais.
Evento Recente (1.398 EdL): Praga Verdejante atingiu plantações ao redor de Rutilho. Conclave pediu ajuda aos Filhos de Eliwyn. Druidas identificaram causa: ritual solar mal executado por sacerdote inexperiente “queimou” a terra espiritualmente. Solução exigia ritual de Eliwyn para “curar ferida” — mas isso significava reconhecer publicamente que Conclave causou desastre. Hadrel autorizou ritual secreto; plantações se recuperaram. Solaristas NUNCA souberam que Deuses Antigos salvaram colheita. Filhos guardam segredo, mas cobram favores ocasionais.
NPC-Ponte: Druida Thalorien Raiz-Antiga (elfo, 312 anos, Neutro Bom) — Arquidruida dos Filhos de Eliwyn e conselheiro informal de Lunaris Velya (ela o consulta sobre interpretações místicas). Thalorien respeita Conclave como “mal necessário” (ordem é importante), mas lamenta dogmatismo. Oferece sabedoria quando pedido, mas nunca interfere em política humana.
Gancho para PCs:
- A Dívida Secreta: Thalorien cobra favor de Hadrel: Filhos precisam de proteção contra caçadores ilegais em território sagrado. Conclave não pode intervir oficialmente (seria reconhecer dívida). Hadrel contrata PCs para “resolver problema discretamente”. PCs devem expulsar caçadores sem revelar ligação com Conclave — ou confrontar Hadrel sobre hipocrisia.
- Ritual Proibido: Catástrofe natural ameaça cidade (terremoto, erupção). Filhos oferecem ritual de Eliwyn para impedir — mas ritual exige sacrifício de estrutura sagrada do Conclave (altar, vitral). Solaristas recusam; Lunaristas consideram. PCs devem investigar se ritual é real ou armadilha.
10.8. Ordem dos Tocados
Relação: Interesse Protetor (Unilateral)
Descrição: Conclave quer influenciar e proteger Tocados (indivíduos marcados por profecias, visões divinas, poderes inexplicáveis) — são peças-chave em profecias importantes. Ordem dos Tocados RESISTE a controle externo, valoriza autonomia. Conclave oferece refúgio, treinamento, recursos; Ordem suspeita de manipulação. Relação tensa por desconfiança mútua.
Evento Recente (1.399 EdL): Jovem Tocada (Mirael, 16 anos, humana) teve visão de “Eclipse Duplo que rompe o Juramento de Paz”. Ordem dos Tocados a escondeu para proteger de manipulação. Conclave soube da visão, exigiu acesso. Ordem recusou. Silvanus (oráculo lunar) teve MESMA visão independentemente — confirmou profecia. Hadrel pressionou Ordem para entregar Mirael “para proteção”. Ordem suspeita que Conclave quer CONTROLAR profecia, não proteger menina. Impasse continua. Mirael permanece escondida; Conclave oferece recompensa por informações.
NPC-Ponte: Guardião Eryndor, o Marcado (meio-elfo, 56 anos, Neutro Bom) — Líder da Ordem dos Tocados e ex-protegido do Conclave (foi treinado na Torre quando jovem, após manifestar poderes proféticos). Agradecido, mas ressentido — sentiu-se “usado” como ferramenta. Agora protege outros Tocados de “se tornarem peças de jogo político”. Respeita Lunaris; desconfia de Hadrel.
Gancho para PCs:
- A Tocada Fugitiva: Conclave contrata PCs para encontrar Mirael. Ordem contrata PCs (disfarçados) para escoltar Mirael a local seguro. PCs descobrem empregadores competem — e que Mirael NÃO quer proteção de ninguém, quer morrer (visão mostrou que ela causa catástrofe se viver). E agora?
- Profecia ou Maldição: PC manifesta poderes de Tocado. Ordem oferece refúgio e treinamento (liberdade, mas isolamento social). Conclave oferece recursos e prestígio (poder, mas controle). PC deve escolher aliança — ou rejeitar ambos e seguir sozinho (caminho perigoso).
10.9. Lareiras de Anwyn
Relação: Apoio Caridoso
Descrição: Conclave financia algumas Lareiras de Anwyn (organizações de caridade que oferecem abrigo, comida, cuidados médicos para necessitados). Relação boa, mas Lareiras são independentes — às vezes abrigam “indesejáveis” (hereges fugitivos, criminosos arrependidos) que Conclave gostaria de interrogar. Tensão ocasional quando Lareiras recusam entregar refugiados.
Evento Recente (1.400 EdL — Atualidade): Lareira de Anwyn em Rutilho abrigou tiefírina fugitiva (Nyssara, da Cadeira do Mistério — ver Plot de Lunaristas vs. Solaristas). Iorran exigiu que Lareira entregasse Nyssara para interrogatório. Lareira recusou, citando “voto sagrado de Anwyn: todo refugiado tem direito a 30 dias de santuário inviolável”. Iorran cercou Lareira; Lunaris defendeu direito de santuário; Hadrel está mediando. Prazo termina em 12 dias. Se Nyssara não sair voluntariamente, Iorran invadirá — profanando local sagrado.
NPC-Ponte: Madre Cassiel Corcoração (humana, 51 anos, Neutro Bom) — Líder da Lareira de Anwyn em Rutilho. Devota de Anwyn (deusa da hospitalidade e proteção), não do Conclave. Respeita autoridade da Torre, mas voto sagrado vem primeiro. Protegerá Nyssara com própria vida se necessário. Aliada potencial de PCs que valorizam compaixão sobre lei.
Gancho para PCs:
- Invasão Iminente: Lunaris contrata PCs secretamente para escoltar Nyssara para fora da Lareira antes que Iorran invada (evita confronto, mas implica que Nyssara é culpada). Cassiel pede que PCs convençam Iorran a respeitar santuário (legal, mas arriscado). Nyssara pede que PCs a ajudem a fugir permanentemente (quebra lei, mas salva vida). Três opções, todas imperfeitas.
- Refúgio Inesperado: PC ou aliado é perseguido por Conclave (acusação real ou falsa). Lareira oferece santuário de 30 dias. PCs devem usar esse tempo para provar inocência — ou planejar fuga antes que prazo termine e Conclave ataque.
10.10. Confraria do Sol Interior
Relação: Parceria Econômica
Descrição: Confraria do Sol Interior (guilda de mineradores, ferreiros e artesãos especializada em metais sagrados) fornece recursos cruciais: ouro para relicários, prata abençoada para armas anti-mortos-vivos, mithral para armaduras cerimoniais. Conclave legitima contratos comerciais da Confraria (reconhecimento político), garante proteção contra competidores. Relação mutuamente benéfica, mas mercenária — se alguém oferecer preço melhor, lealdade pode mudar.
Evento Recente (1.397 EdL): Confraria descobriu veio MASSIVO de ouro sob Serra do Silêncio (território fronteiriço disputado entre Caldera e Bastião). Informou Conclave antes de anunciar publicamente. Hadrel negociou: Conclave media disputa territorial em troca de 20% da produção de ouro por 10 anos. Acordo aceito. Porém, Caldera descobriu termos secretos, acusou Conclave de favorecimento (Bastião recebeu 60% do território; Caldera apenas 40%). Relação Caldera-Conclave esfriou. Confraria lucrou enormemente.
NPC-Ponte: Mestre-Forjador Gavriel Sol-Fundido (anão, 134 anos, Leal Neutro) — Líder da Confraria do Sol Interior e fornecedor pessoal do Conclave há 40 anos. Pragmático absoluto: fé importa menos que lucro, mas honra contratos rigorosamente. Amigo pessoal de Roduin (Cadeira do Trono) — ambos compartilham visão “realista” de política (poder vem de recursos, não ideais). Se Conclave falir, Gavriel mudará aliança sem hesitar.
Gancho para PCs:
- Contrato Sangrado: Gavriel contrata PCs para proteger caravana de mithral sagrado (destinada ao Conclave) de bandidos. Caravana é atacada não por bandidos, mas por agentes de Caldera (vingança pelo acordo injusto). PCs devem escolher: proteger caravana (cumprir contrato, mas piorar relação Conclave-Caldera) ou deixar Caldera roubar (quebrar contrato, mas evitar escalação política).
- O Metal Amaldiçoado: Lote de prata abençoada fornecido pela Confraria está MALDITO (sabotagem interna?). Armas fabricadas com esse metal machucam usuários, não inimigos. Conclave exige reembolso; Confraria nega responsabilidade (alega sabotagem de terceiro). PCs devem investigar: culpa é da Confraria (controle de qualidade falhou) ou sabotador externo (quem? Por quê?)?
10.11. Liga das Mil Liras
Relação: Disputa Narrativa
Descrição: Liga das Mil Liras (guilda de bardos, menestréis, contadores de histórias) controla cultura popular — canções, peças teatrais, histórias que circulam em tavernas. Conclave controla narrativa religiosa — sermões, hagiografias, textos sagrados. Tensão quando bardos satirizam clero, questionam dogmas em canções, ou romantizam hereges. Conclave não pode censurar abertamente (geraria revolta popular), mas pressiona discretamente. Liga resiste, defende “liberdade artística”.
Evento Recente (1.399 EdL): Bardo famoso (Lysander Cordaviva) compôs balada “A Luz Que Cega” — sátira sobre hipocrisia do Conclave (menciona Inverno Vermelho, corrupção, alianças políticas). Canção viralizou em tavernas de 12 cidades. Solaristas exigiram que Lysander fosse excomungado; Lunaristas defenderam liberdade artística; Liga das Mil Liras ameaçou boicote cultural (nenhum bardo tocaria em cerimônias do Conclave) se Lysander fosse punido. Hadrel negociou: Lysander não foi punido, mas “voluntariamente” compôs segunda canção, “A Luz Que Protege”, elogiando Conclave. Ambos lados ficaram insatisfeitos (Solaristas: punição insuficiente; Liga: censura velada).
NPC-Ponte: Maestrina Seraphine Ecovoal (meio-elfa, 82 anos, Caótico Boa) — Líder da Liga das Mil Liras e ex-cantora de cerimônias do Conclave (demitida após cantar letra “imprópria” em Festival). Ressentida, mas pragmática — sabe que Conclave tem poder de destruir carreiras. Negocia cuidadosamente, mas nunca cede completamente. Aliada potencial de PCs que valorizam verdade e arte sobre obediência.
Gancho para PCs:
- Censura ou Arte: Lysander contrata PCs para protegê-lo de assassinos enviados por facção radical Solarista (Iorran nega envolvimento oficial). Seraphine oferece refúgio, mas exige que PCs investiguem: quem realmente quer Lysander morto? Descobrem que mandante é membro dos Doze Raios (não Iorran — alguém mais alto). Expor = crise política; silenciar = cumplicidade.
- A Canção Proibida: PCs descobrem letra de canção antiga (século atrás) que revela segredo devastador sobre fundação do Conclave. Seraphine oferece fortuna para publicar; Talien implora que destruam (proteger Conclave); Lunaris pede que PCs decidam conscientemente. Canção é verdadeira? Deve ser cantada?
Resumo: As relações do Conclave com outras facções são complexas, pragmáticas e frequentemente hipócritas. Luz revela apenas o que escolhe iluminar — sombras permanecem.
11. Como Usar o Conclave na Mesa — 10 Ganchos Prontos
Cada gancho segue formato Setup → Twist → Stakes para facilitar uso imediato.
Gancho 1: O Artefato do Fundador
Setup: Hadrel contrata PCs para recuperar artefato roubado por Lunarista renegado.
Twist: Artefato é diário do fundador do Conclave, provando que ele cometeu genocídio contra tiefirinos durante fundação de Rutilho. Ladrão quer publicar.
Stakes: Se verdade vazar, Conclave perde legitimidade e cidades subordinadas se rebelam. Se esconder, PCs tornam-se cúmplices de censura histórica. NPCs importantes (Lunaris, Talien) pedem que “deixem verdade vir à luz” — desafiar patrão?
Uso: Dilema moral sem resposta certa. Qualquer escolha tem consequência pesada.
Gancho 2: A Noiva Amaldiçoada
Setup: Grande Rei Sol de Bastião exige casamento só com bênção de Rodu (sem Vuin). Conclave contrata PCs para “convencê-lo”.
Twist: Noiva tem razão legítima: foi estuprada por cultista de Vuin na infância. Associação com Lua = trauma. Forçá-la a aceitar bênção lunar é crueldade real.
Stakes: Se Rei cede, profana dogma e abre precedente (outros reis pedirão exceções). Se noiva é forçada, PCs causam trauma adicional a vítima inocente. Roduin (Cadeira do Trono) sugere “solução”: falsificar bênção lunar — corrupção?
Uso: Teste de empatia vs. dever. Vítima de trauma vs. estabilidade política.
Gancho 3: O Infiltrado de Nyxara
Setup: Iorran contrata PCs para investigar escriba Velric (suspeito de heresia) discretamente.
Twist: Velric É simpatizante de Nyxara — MAS também descobriu que outro membro (Solarista alto escalão) desvia fundos há anos. Velric guarda provas.
Stakes: Expor Velric = herege preso, mas corrupto solar fica livre. Expor ambos = cis ma interno (Solaristas acusam Lunaristas de “usar heresia para atacar”). Proteger Velric = cumplicidade com heresia.
Uso: “Escolha o mal menor” personificado. Iorran quer sangue; Lunaris quer justiça para corrupto; Hadrel quer que problema suma.
Gancho 4: O Sacrifício da Peste
Setup: Peste atinge vila. Círculo da Penitência exige “bode expiatório” — 20 famílias “corruptas” devem ser exiladas para aplacar Luz.
Twist: Serath (líder Penitente) tem EVIDÊNCIAS de corrupção (subornos, evasão de impostos) — famílias não são inocentes. Mas exílio = sentença de morte por bandidos/fome.
Stakes: Se PCs impedem exílio, vila pode interpretar como “Luz continua irada” (peste piora, pânico aumenta). Se permitem, 20 famílias morrem — incluindo crianças que nada fizeram.
Uso: Justiça vs. misericórdia. Lei vs. vida. Serath é sincero, não vil ão.
Gancho 5: A Profecia Dupla
Setup: Silvanus (oráculo lunar) e intérprete solar têm visões contraditórias sobre mesmo evento. Doze Raios divididos 6-6.
Twist: Ambas visões são verdadeiras — dependem de AÇÃO dos PCs. Se fizerem X, visão solar se cumpre (guerra evitada, 100 morrem). Se fizerem Y, visão lunar se cumpre (guerra acontece, 1.000 morrem, mas mudança estrutural boa ocorre).
Stakes: PCs determinam futuro. Paz cara vs. conflito transformador. Hadrel pede paz (conservador); Lunaris pede mudança (progressista). Qualquer escolha gera inimigos.
Uso: Metadecisão. Jogadores escolhem que tipo de campanha querem.
Gancho 6: O Herege Correto
Setup: Conclave ordena execução de “herege” que prega abolição da escravidão (tiefirinos em Constance). PCs devem escoltar ao patíbulo.
Twist: Herege é clérigo legítimo de Morwyn. Argumentos teológicos são SÓLIDOS. Solaristas o condenam porque ameaça economia de Constance (minas dependem de escravos). Lunaris votou contra execução, mas perdeu 7-5.
Stakes: Se PCs cumprem ordem, matam idealista correto. Se libertam, desafiam Conclave publicamente (excomunhão?). Se expõem motivação econômica, causam escândalo mas podem ser silenciados.
Uso: “Ordens imorais” clássico. Lei injusta é lei?
Gancho 7: A Invasão dos Véus
Setup: Durante Festival da Luz Dupla, PCs detectam sabotagem planejada. Rastreiam a Véus de Nyx (extremistas lunares).
Twist: Sabotagem visa manchar reputação Solarista (não matar). Mas método é perigoso — pode causar mortes acidentais. Aranis (líder) jura que “tomamos precauções”, mas PCs veem falhas no plano.
Stakes: Deixar ocorrer = risco de mortes (culpa moral). Impedir = entregar Véus a Iorran (tortura, morte). Avisar Aranis = ela pode melhorar segurança OU cancelar (perder oportunidade política).
Uso: Três opções ruins. Tolerância vs. segurança vs. reforma.
Gancho 8: O Testamento de Talien
Setup: Talien morre (aparentemente natural). Deixa testamento: PCs devem entregar baú lacrado a “pessoa certa” (instruções enigmáticas).
Twist: Baú contém “arquivo sombra” — versão não-editada de eventos históricos. Revela crimes do Conclave (massacres encobertos, profecias falsificadas). Instruções levam a múltiplos candidatos (Lunaris, jornalista independente, líder de Lareiras de Anwyn).
Stakes: Entregar a Lunaris = she usa politicamente (pode causar cisma). Jornalista = verdade pública (caos). Lareiras = segredo guardado com “povo” (poder à base). Esconder = trair última vontade de Talien.
Uso: Legado de NPC amado. Verdade vs. estabilidade.
Gancho 9: O Eclipse Forçado
Setup: 1 mês antes do Eclipse Duplo profetizado, Ordo Nyxarae é preso — ritual deles aceleraria Eclipse.
Twist: Acelerar Eclipse IMPEDIRIA cumprimento da profecia (evento “certo” no tempo “errado” = profecia nula). Silvanus confirma: ritual de Nyxara SALVARIA Conclave. Mas usar magia herética para salvar ortodoxia?
Stakes: Permitir ritual = profecia anulada, Conclave salvo, mas Ordo ganha crédito (legitimidade para culto sombrio). Impedir = profecia se cumpre (Conclave pode cair). Hadrel quer salvar Conclave; Lunaris teme precedente herético.
Uso: Fins justificam meios? Aliança com inimigo?
Gancho 10: A Sala Selada
Setup: Durante invasão de inimigo externo (exército, dragão, whatever), defesa da Torre falha. PCs devem abrir Sala Selada (subterrâneo) para acessar “última defesa”.
Twist: Sala contém prisioneiro imortal — primeiro Alto Luminar, mil anos preso. Ele cometeu atrocidade (genocídio mencionado no Gancho 1), mas também possui conhecimento/poder para salvar Torre. Hadrel NÃO SABIA da existência.
Stakes: Libertar = salvar Torre, mas soltar monstro moral. Deixar preso = Torre cai, conhecimento se perde. Negociar = que preço primeiro Luminar exige (vingança? Absolvição? Controle do Conclave?).
Uso: Revelação bombástica de campanha. Redefine história do Conclave.
Como Escolher Gancho
- Campanha política/intrigue: Ganchos 1, 2, 3, 8
- Campanha moral/filosófica: Ganchos 4, 5, 6, 9
- Campanha ação/tensão: Ganchos 7, 10
- Newcomers (introdução): Gancho 3 (investigação simples que revela complexidade)
- Veteranos (alto impacto): Gancho 10 (muda tudo)
12. Aventuras Prontas
Aventura 1: O Manuscrito Proibido
Nível: 3-5 Duração: 1-2 sessões
Resumo: Escriba renegado roubou manuscrito que revela que um dos fundadores do Conclave era devoto secreto de Nyxara. Conclave contrata PCs para recuperar antes que seja publicado.
Complicação: Escriba é sincero, quer “verdade histórica”. Se PCs o matam, tornam-se cúmplices de censura. Se deixam manuscrito vazar, Conclave desmorona política.
NPCs: Talien (contratante), Velric (escriba renegado), Iorran (caça PCs se falharem)
Recompensa: 1.000 PO + item mágico (Medallion of Thoughts) + favor do Conclave
Aventura 2: O Casamento Real
Nível: 5-7 Duração: 3-4 sessões
Resumo: Grande Rei Sol de Bastião exige cerimônia sem bênção de Vuin. PCs devem “convencê-lo” (diplomacia, chantagem, ou revelar segredo).
Complicação: Rei tem razão válida (sua noiva teme Vuin por trauma de infância). Forçá-lo é cruel, mas ceder quebra dogma.
NPCs: Hadrel (contratante), Lunaris (conselheira), Roduin (intermediário), Grande Rei Sol (antagonista?)
Recompensa: 2.500 PO + título honorífico + conexão política
Aventura 3: A Profecia do Eclipse
Nível: 8-12 Duração: Campanha completa (10-15 sessões)
Resumo: Eclipse Duplo em 6 meses. Facções do Conclave manipulam eventos para cumprir profecia do jeito que favorece cada lado. PCs devem decidir: apoiar facção, tentar neutralidade, ou descobrir se profecia é real.
Complicação: Profecia é manipulação de Ordo Nyxarae (querem usar Eclipse para ritual que liberta entidade antiga).
NPCs: Todos os principais (Hadrel, Lunaris, Iorran, Silvanus, Kaelith)
Recompensa: Determinam futuro do Conclave + artefato lendário + reconhecimento mundial
13. Artefatos Únicos
13.1. Coroa do Primeiro Luminar
Raridade: Lendário Descrição: Coroa de prata com rubi central. Usada pelo primeiro Alto Luminar há 1.400 anos.
Propriedades:
- Portador tem vantagem em testes de Persuasão contra devotos de Rodu ou Vuin
- 1x/dia: pode lançar Daylight (luz dourada) ou Moonbeam (luz prateada)
- Revelação de Verdade: em momento de decisão crítica, coroa sussurra conselho (DM decide)
Localização: Cofre do Alto Luminar (4º andar da Torre)
13.2. Selo dos Doze Raios
Raridade: Raro Descrição: Anel com 12 gemas minúsculas (6 douradas, 6 prateadas). Cada membro dos Raios possui um.
Propriedades:
- Autenticação mágica: documentos selados são inquestionáveis (magia de Geas fraco)
- Comunicação: portadores podem enviar mensagens curtas uns aos outros (1x/dia, funciona como Sending)
- Rastreamento: Alto Luminar sabe localização aproximada de todos os Selos
Localização: Cada membro dos Doze Raios possui um
13.3. Lança da Aurora Eterna
Raridade: Muito Raro Descrição: Lança dourada que nunca oxida. Empunhada por capitães da Guarda da Aurora.
Propriedades:
- +2 para ataque e dano
- Dano adicional: 2d6 radiante contra mortos-vivos e demônios
- Iluminação: emite luz de 20 pés (pode ser suprimida)
- Juramento: apenas portador que fez juramento à Torre pode empunhar (outros tratam como lança normal)
Localização: Arsenal Sagrado (subterrâneo da Torre) — 12 existem
14. Festivais e Eventos
14.1. Festival da Luz Dupla
Quando: Equinócio de Primavera (dia em que dia e noite têm duração igual) Duração: 3 dias
Descrição: Maior celebração do Conclave. Rutilho recebe milhares de peregrinos.
Eventos:
- Dia 1 (Glória Solar): Procissões diurnas, espelhos refletindo luz, danças guerreiras
- Dia 2 (Mistério Lunar): Lanternas acesas à noite, cânticos suaves, contação de sonhos
- Dia 3 (Equilíbrio): Casamentos, batismos, juramentos de paz, grande banquete
Uso na Mesa: Ótimo cenário para:
- Encontro com NPCs importantes do Conclave
- Atentado (segurança reduzida por multidão)
- Missão de proteção (VIP está ameaçado)
- Investigação (criminoso se esconde entre peregrinos)
14.2. Vigília do Inverno Vermelho
Quando: Aniversário do Inverno Vermelho (dia do confronto sangrento histórico) Duração: 1 noite
Descrição: Cerimônia solene de lembrança. Sacerdotes vigiam em silêncio ao redor da Torre por 12 horas.
Significado: Lembrar que “equilíbrio foi comprado com sangue” — advertência contra fanatismo.
Uso na Mesa:
- Momento de reflexão para PCs devotos
- Revelação de segredo (NPC confessa algo durante vigília)
- Contraste: enquanto Conclave comemora paz, facção planeja violência
15. Símbolos e Sinais Secretos
15.1. Sinal da Luz Cruzada
Gesto: Mãos cruzadas sobre o peito, dedos apontando para ombros opostos (forma X)
Significado: Identificação entre membros do Conclave. Resposta esperada: inclinar cabeça.
Uso: Pedir ajuda discreta, confirmar identidade em missões secretas.
15.2. Moeda Marcada
Objeto: Moeda de ouro com micro-gravura do símbolo do Conclave (invisível sem lupa)
Significado: Portador tem autorização para ação específica (varia por missão).
Uso: PCs recebem moeda ao aceitar missão secreta. Mostrar a aliado do Conclave garante cooperação.
16. Vulnerabilidades e Cenários de Colapso
Toda instituição, por mais poderosa que pareça, possui pontos de falha. O Conclave da Torre da Luz, apesar de sua influência milenar, é sustentado por pilares frágeis: segredos escondidos, equilíbrio precário entre facções internas e dependência de símbolos de legitimidade. Abaixo, três cenários que poderiam causar colapso total ou fragmentação irreversível do Conclave.
Cenário 1: A Revelação Proibida — Diário do Primeiro Luminar
O Que É:
Nos subterrâneos mais profundos da Torre (Câmara Selada, 2º subsolo), existe documento NUNCA CATALOGADO oficialmente: Diário Pessoal do Primeiro Alto Luminar, Ser Aldrin Solcaído (fundador do Conclave, ano 0 EdL). O diário contém relato completo de evento conhecido como “Purificação de Rutilho” — genocídio de 2.000+ tiefirinos, meio-orcs e “indesejáveis” durante fundação da cidade.
Contexto Histórico:
Versão oficial (registrada nos Éditos): “Aldrin Solcaído purificou Rutilho de influências demoníacas, expulsando cultistas pacificamente.”
Verdade (no diário): “Aldrin ordenou execução em massa. Tiefirinos foram queimados vivos em praça pública. Meio-orcs foram caçados como animais. Famílias inteiras — incluindo crianças — foram mortas para ‘evitar vingança futura’. Aldrin justificou: ‘Luz exige sacrifício. Mundo novo nasce de cinzas do velho.‘”
O Que Dispara o Colapso:
- Talien (Escriba-Mor) descobre diário enquanto reorganiza arquivos após inundação no subsolo
- Lê conteúdo, fica horrorizado
- Debate interno: destruir (proteger Conclave) ou revelar (honrar verdade)
- Decide revelar — mas antes de publicar, é assassinado por facção radical Solarista que descobriu seu plano
- Diário é roubado de seu corpo por aliado (PC? Ex-aprendiz?)
- Ladrão publica trechos em 12 cidades simultaneamente via bardos da Liga das Mil Liras
Consequências Imediatas:
- Revolta Popular: Tiefirinos, meio-orcs e descendentes de vítimas exigem reparações. Protestos violentos em Rutilho, Caldera, Bastião.
- Cisma Religioso: Lunaristas rompem com Solaristas. Lunaris Velya renuncia publicamente, fundando “Conclave da Lua Livre” (facção separatista).
- Perda de Legitimidade: Reis e prefeitos questionam autoridade moral do Conclave. Bastião declara independência religiosa; Caldera expulsa embaixadores.
- Caça ao Responsável: Hadrel ordena execução de quem publicou diário. Iorran lidera purge interno (“quem mais sabia?”). Assassinatos em massa de Escribas Radiais.
- Fragmentação da Torre: Doze Raios se dividem 5-4-3 (Solaristas vs. Lunaristas vs. Moderados). Nenhuma decisão pode ser tomada. Paralisia institucional.
Como Conclave Poderia Sobreviver:
- Hadrel realiza Auto-Confissão Pública: admite crime, pede perdão, oferece reparações massivas (terras, ouro, títulos para descendentes de vítimas)
- Renomeia Conclave para “Conclave da Luz Redimida” — reconhece pecado original, promete nunca repetir
- Aceita supervisão externa: Conselho de Justiça formado por Vozes da Última Porta + representantes de raças perseguidas
- PORÉM: isso DESTRÓI autoridade absoluta do Conclave — torna-se instituição subordinada, não soberana
Como Usar na Mesa:
- Campanha Épica (níveis 10-15): PCs descobrem diário, devem decidir o que fazer. Publicar = colapso (caos, mas verdade). Esconder = estabilidade (ordem, mas injustiça).
- Dilema Moral Extremo: Se publicam, causam mortes (protestos violentos matam inocentes). Se escondem, traem vítimas históricas.
- NPC-Chave: Talien (pré-morte) pode recrutar PCs como “seguro” — se ele morrer, PCs herdam diário e escolha.
Cenário 2: Morte Dupla — Vácuo de Poder
O Que É:
Hadrel (Alto Luminar) e Lunaris (Cadeira da Contemplação) morrem simultaneamente em evento catastrófico: atentado terrorista, ritual de Ordo Nyxarae, assassinato coordenado, ou desastre natural (colapso parcial da Torre).
Por Que Isso Colapsa o Conclave:
Hadrel e Lunaris são os dois polos de equilíbrio. Hadrel mantém Solaristas sob controle (autoritário, mas respeitado). Lunaris modera Lunaristas (empática, mas firme). Ambos se respeitam mutuamente — odeiam métodos um do outro, mas reconhecem que equilíbrio depende de coexistência.
SEM AMBOS, não há mediador. Sucessores naturais são extremistas:
- Lado Solar: Iorran (Cadeira da Guarda) — autoritário, violento, paranóico. Quer “purgar” influências lunares.
- Lado Lunar: Silvanus (Cadeira da Contemplação — sucessor de Lunaris) — idealista, ingênuo, manipulável. Seria fantoche de facções radicais.
O Que Acontece:
Semana 1-2 (Funeral e Eleição):
- Doze Raios se reúnem para eleger novo Alto Luminar
- Votação empata 6-6 (Solaristas vs. Lunaristas)
- Protocolo exige que Cadeira da Sombra (Kaelith) desempate
- Kaelith vota em NINGUÉM — declara que “Conclave deve ser dissolvido” (agenda secreta: Vigias do Crepúsculo assumem controle)
- Doze Raios entram em pânico, votação é anulada
Semana 3-4 (Guerra Fria Interna):
- Iorran mobiliza Guarda da Aurora (450 soldados) — ocupa 3 andares da Torre
- Silvanus mobiliza Lunaristas (200 ritualistas, 100 apoiadores civis) — barricam Pináculo e Biblioteca
- Kaelith mobiliza Vigias do Crepúsculo (60 agentes de elite) — controlam entradas, cortam suprimentos
- Standoff: ninguém ataca (seria sacrilégio derramar sangue na Torre), mas ninguém cede
Mês 2 (Fragmentação Externa):
- Cidades começam a escolher lados:
- Bastião: apoia Iorran (devota de Rodu)
- Caldera: apoia Silvanus (prefere tolerância)
- Rutilho: dividida (guerra civil urbana iminente)
- Ordo Nyxarae aproveita caos para atacar templos desprotegidos — 40+ sacerdotes assassinados
- Facções externas (Legião do Sol Imortal, Círculo da Lua Velada) tentam mediar — falham
Mês 3-6 (Colapso ou Resolução):
OPÇÃO A — Colapso Total:
- Iorran perde paciência, ordena ataque ao Pináculo
- Sangue é derramado pela primeira vez desde Inverno Vermelho
- Luz da Torre SE APAGA (símbolo divino rejeita violência)
- Conclave oficialmente dissolvido
- 3 facções sucessoras surgem:
- Igreja Solar de Rodu (liderada por Iorran, sediada em Bastião)
- Círculo Expandido da Lua (liderada por Silvanus + Círculo da Lua Velada, sediado em Caldera)
- Ordem Neutra dos Crepúsculos (liderada por Kaelith, sem sede fixa — rede de espiões)
OPÇÃO B — Resolução Frágil:
- Figura externa intervém: Rei poderoso, Oráculo de Pythor, ou PRÓPRIOS PCS
- Propõem Triunvirato Temporário: Iorran + Silvanus + Kaelith governam juntos por 5 anos, depois nova eleição
- Conclave sobrevive, mas JAMAIS recupera unidade total
- Tensão permanente: qualquer crise futura pode reacender guerra civil
Como Usar na Mesa:
- Atentado Inicial: PCs investigam quem matou Hadrel e Lunaris (Ordo Nyxarae? Facção interna? Potência estrangeira?)
- Escolha de Lado: PCs devem escolher apoiar Iorran (ordem via força), Silvanus (tolerância via caos), Kaelith (pragmatismo via manipulação), ou nenhum (tentar mediar)
- Missões Durante Guerra Fria:
- Proteger civis presos entre facções
- Roubar/proteger relíquias sagradas antes que sejam capturadas
- Negociar trégua entre líderes (diplomacia extrema)
- Escoltar refugiados para fora de Rutilho
Cenário 3: Profanação da Torre — Sangue no Pináculo
O Que É:
Segundo lenda fundacional, Torre da Luz foi consagrada com Pacto de Não-Violência: “Enquanto nenhum sangue for derramado no Pináculo (topo da Torre, sala dos Doze Raios), a Luz nunca se apagará.”
Inverno Vermelho (ano 88 EdL) foi exceção — sangue FOI derramado, Luz tremeu mas não apagou (interpretado como “perdão divino”). Desde então, Pacto é levado ABSOLUTAMENTE a sério: mesmo em brigas, membros dos Doze Raios JAMAIS usam violência física dentro da Torre.
O Que Dispara o Colapso:
- Ritual de Ordo Nyxarae: cultistas invadem Torre durante cerimônia pública (Festival da Luz Dupla), chegam ao Pináculo
- Objetivo: sacrificar membro dos Doze Raios no altar central (sangue derramado = profanação)
- Vítima escolhida: Nyssara (Cadeira do Mistério, tiefírina — sacrifício “simbólico”: devota da Luz sendo morta por próprio dogma que a rejeita)
- Cultistas conseguem — Nyssara é esfaqueada no coração, sangue escorre pelo altar
- LUZ DA TORRE SE APAGA
Interpretações do Que Aconteceu:
- Solaristas: “Profanação literal. Deuses estão irados. Devemos purificar Torre com novo ritual (exige sacrifício adicional — bode expiatório).”
- Lunaristas: “Luz apagou porque rejeitamos Nyssara em vida. Isso é punição por intolerância, não por profanação.”
- Céticos (Kaelith, Talien): “Luz era símbolo mágico, não divino. Ritual de cultistas foi sabotagem arcana, não ira divina. Podemos reacender — tecnicamente.”
Consequências:
Imediato (Horas):
- Pânico total em Rutilho. 20.000 peregrinos presentes no Festival entram em debandada. 100+ mortos pisoteados.
- Doze Raios se reúnem em emergência (no escuro — sem Luz, Pináculo está negro).
- Debate: ritual de purificação (Solaristas) vs. ritual de redenção (Lunaristas) vs. investigação técnica (Céticos).
Curto Prazo (Dias-Semanas):
- Fé popular despenca: “Deuses abandonaram Conclave”
- Cidades subordinadas começam a declarar autonomia religiosa
- Cultos heréticos (Nyxara, Deuses Sombrios) explodem em popularidade — “se Luz falhou, Sombra é verdadeira”
- Ordo Nyxarae realiza 12 ataques simultâneos em templos (sem medo de retaliação divina)
Longo Prazo (Meses):
Se Luz NÃO é reacesa:
- Conclave perde TODO poder simbólico
- Torre se torna ruína — saqueada, abandonada
- Facções sucessoras emergem (igrejas regionais independentes)
- Lhodos entra em era de “Guerras Religiosas” (cada cidade com próprio dogma)
Se Luz É reacesa:
- Método importa:
- Ritual de Purificação (Solarista): Exige sacrifício de “bode expiatório” (cultista? Tiefirino inocente? PC voluntário?). Se usado, Lunaristas rompem permanentemente.
- Ritual de Redenção (Lunarista): Exige “perdão coletivo” — Conclave deve publicamente pedir desculpas a todas as vítimas de intolerância (tiefirinos, hereges, marginalizados). Se usado, Solaristas acusam de “fraqueza”.
- Solução Técnica (Arcana): Talien + Colegiado de Tinel reativam Luz usando magia arcana (não divina). Funciona, mas “Luz” agora é falsa — mágica, não milagre. Segredo é mantido? Ou vaza (destruindo fé)?
Como Usar na Mesa:
- Invasão em Tempo Real: PCs estão presentes no Festival, devem impedir cultistas (falham — Nyssara morre na frente deles).
- Investigação: PCs investigam como cultistas infiltraram (traidor interno? Falha de segurança? Magia de teletransporte?).
- Escolha do Ritual: PCs são convocados pelos Doze Raios para votar: Purificação, Redenção ou Técnica? Cada opção tem preço moral.
- Consequências Permanentes: Qualquer que seja escolha, Conclave NUNCA mais é o mesmo. Relação entre facções muda irreversivelmente.
Resumo das Vulnerabilidades:
| Vulnerabilidade | Trigger | Consequência |
|---|---|---|
| Segredos Históricos | Diário revelado | Perda de legitimidade moral |
| Dependência de Líderes | Morte de Hadrel + Lunaris | Guerra civil interna |
| Símbolo Divino Frágil | Sangue no Pináculo | Colapso de fé popular |
Como Usar no Worldbuilding:
- Esses cenários NÃO precisam acontecer — mas saber que podem torna Conclave mais interessante
- PCs podem descobrir vulnerabilidades e decidir: explorar, proteger ou ignorar
- Cada cenário oferece campanha completa (10-20 sessões) com stakes máximos
Conclusão: A Luz que Ilumina e Obscurece
O Conclave da Torre da Luz é mais do que uma instituição religiosa — é o coração político, moral e espiritual de Lhodos. Sua luz alcança todos os cantos do continente, trazendo esperança, ordem e, inevitavelmente, sombras de controle e manipulação.
Para PCs, o Conclave pode ser:
- Farol de esperança — patrono que defende o bem e a justiça
- Mestre cruel — autoridade que exige obediência cega
- Campo de batalha — arena de intrigas onde ideais competem
Use este documento como base sólida, mas lembre-se: a luz revela apenas o que escolhe iluminar. O que permanece nas sombras depende de você, Mestre, e de suas escolhas.
Que a Luz Dupla guie seus dados.
Documento compilado por: Conclave da Torre da Luz Revisão: 1.400 EdL (Era da Luz) Classificação: Público (uso em campanhas autorizado)